A MINHA CANETA...
Minha caneta já viu
mais de duas mil poesias...
Foram valores pensados,
queridos e rebuscados...
E a cada ideia ela vestiu,
com roupas quentes ou frias...
Se quero falar de mim,
não escolho a poesia,
pois ela não é um bom guia
para uma roupa de cetim.
Se eu quero falar de mim,
prefiro o tecido que desfia,
pois ele não me dá, enfim,
minha, de arlequim, a fantasia.
Se eu quero falar de mim,
ela resiste e protesta...
Não com facilidade, se expressa.
E não por falta de assunto, outrossim,
Mas ela protesta e resiste.
E por imagens sombrias,
das tintas, ouve-se o clarim.
Minha caneta já viu
mais de duas mil poesias...
Foram valores pensados,
queridos e rebuscados...
E a cada ideia ela vestiu,
com roupas quentes ou frias...
Se quero falar de mim,
não escolho a poesia,
pois ela não é um bom guia
para uma roupa de cetim.
Se eu quero falar de mim,
prefiro o tecido que desfia,
pois ele não me dá, enfim,
minha, de arlequim, a fantasia.
Se eu quero falar de mim,
ela resiste e protesta...
Não com facilidade, se expressa.
E não por falta de assunto, outrossim,
Mas ela protesta e resiste.
E por imagens sombrias,
das tintas, ouve-se o clarim.