ODE AO ABRAÇO
Só o amor é mais importante nas relações humanas que o abraço. Sendo o amor intangível, é o abraço sua expressão maior.
O abraço, talvez, seja a melhor atitude que corrobora a esperança na especie humana.
E o que seria do abraço sem o amor é vice e versa?
Funciona como uma transfusão de sangue, fluindo sentimentos.
Uma troca de energia entre peles e poros que transcende o universo.
Dois estranhos na rua, na troca de um abraço, seguirão pela vida melhores do que eram.
Uma criança abraçada se sentirá protegida.
Um ancião abraçado terá suas carnes renovadas.
O abraço, quando é fartura na nossa vida, talvez não lembramos dele, mas ao contrário é desafiador atravessar os dias.
O abraço é um grande travesseiro que pomos a descansar o corpo e nossos sentimentos.
O abraço de uma mãe no filho
O abraço do filho ao pai
De um irmão a outro irmão
O abraço dos amantes
O abraço a um aniversariante
O abraço a alguém em um velório
A alguém no quarto de um hospital
A alguém encarcerado
O abraço a um amigo
O abraço a um transeunte que passa
Não importa, o abraço sera sempre o aperto de mãos do corpo inteiro.
Não é somente a atitude de se erguer e fechar os braços:
São lanternas do corpo que se acendem na
Penumbra interna dos corpos.
São baterias da alma sendo recarregadas.
O abraço é sintoma de coração cheio e vazio ao mesmo tempo, preenchendo o vazio, sem esvaziar o cheio.
Nesses tempos de pandemia, quando o abraço está quase impeditivo, quando tudo passar, os abraços mundo afora energizara o planeta, pra melhor, espero!
Pra você que está lendo esses abraços, um forte abraço!