tudo isso

é uma linha tênue entre o que sou e o que pretendo ser, o coração transbordando, cheio de paz e o pensamento vazio, sem o peso, sem excessos

entre a alegria de sentir e a imaginação do que se quer, entre o lugar em que você se encontra e o momento o qual vivencia

afinal, não é sobre o que o tu, eu ou nós "estamos sendo", mas sobre o que "estamos sendo moldados"

se tentar escapar disso, é arrogância, erro primário

nem eu, nem você, ninguém é o que é, sozinho, muito menos completo

eu, tu, cada um de nós,  só pode dizer que "está", pois o que "sou", "és" ou "somos", se faz de pouco em pouco, devagarinho

linha tênue entre  uma parede prontinha, com acabamento feito e um amontoado de tijolos, areia e cimento

entre a construção, a desconstrução e a reconstrução

do que fui, do que deixo de ser, do que pouco a pouco serei

março/21

Cleyton Borges (Crônicas no Rascunho)
Enviado por Cleyton Borges (Crônicas no Rascunho) em 19/04/2021
Reeditado em 19/04/2021
Código do texto: T7235522
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