Sobre o amor que corre nas veias
AFEIÇÃO NATURAL, STORGÉ
“Eu preparo uma canção, em que minha mãe se reconheça, todas as mães se reconheçam”.
(Milton Nascimento e Carlos Drummond de Andrade)
AMAR SEM ESFORÇO, AMAR NO DIA A DIA, NA ROTINA, TER UMA AFEIÇÃO ETERNA CORRENDO NAS VEIAS.
CANTO AO VÍCIO DE TE QUERER!
Depois que me viciei em amar, não me foi mais possível viver! Viciei-me no cheiro que deixas no travesseiro.
(O que é um vício? Quando queremos realmente alguém significa que não podemos viver sem ela?
Quando sabemos que amamos? Envenena-nos o amor ou será que somos nós quem o envenenamos?
Como o mundo penetra em nosso eu?
Para que serve o nosso corpo?
Por que está tão distante de nós a delicadeza?
Em que circunstâncias nos é permitido romper os nossos grilhões?)
VICIEI-ME DA TUA PRESENÇA.
Preciso do teu corpo ao meu lado, para que a minha insônia seja tranquila. Viciei-me no cheiro que deixas no travesseiro.
Quando a tua ausência é compulsória, é no teu odor na cama que eu encontro descanso.
Viciei-me na delicadeza do teu silêncio.
As palavras são inúteis quando tens o corpo inteiro para te comunicar.
Viciei-me em quase acordar para desejar tua lucidez.
(As roupas são apenas máscaras que encobrem tua pele terna e mendicante de carícias e afagos).
Viciei-me em me chamares por um nome que somente eu entendo!