O que Gato não Come
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Daqui à pouco faz 1 ano,
Ou 12 meses, ou ainda 365 dias,
Que não há braços vigorosos,
Fortes, resistentes, calorosos;
Enquanto todos gargalham,
Comem, bebem, arrotam, defecam,
Eu escondo,
Tafuio na contramão,
E fugitivo dos abismos,
Caio horizontalizado na cama,
Em profunda depressão.
Pontes, corrimãos, túneis e viadutos
Perante a simplicidade dos que se conhecem,
Sou café pequeno,
dose de quase nada em xícara rasa,
Novelo sem lã suplicando uma agulha,
Abrigo que não acolhe,
Incólumes, corpores sanos,
São heréticos insanos,
longe,
muito distante, da hipocrisia.
Pontes, corrimãos, túneis e viadutos,
Caminhos e estradas descobertas,
por quais os erráticos passam,
Guarda-chuvas que não protegem,
Vista para o mar e serras,
Pelo Sol e pela Lua,
Olhos do céu,
Sou espreitado.
Refazendo
Replante a batata,
E serás responsável pelo que cativas.
Assim fiz e faço com a flores,
Flores de pomposos jardins,
Flores dos esgotos.
Preparo o vaso,
Adubo,
Replanto,
Rego.
Tratá-las com o devido merecimento;
Me encarrego.
E Elas apendoam,
Versejam,
Florescem,
Em cativas flores belas!
Replante a batata,
As flores,
Redesenhe o arco-íris,
Dance sob a chuva serena,
Não oxide o mel,
Dê linha à liberdade,
Liberte o amor,
Difunda a paz,
E serás responsável pelo que cativas.