Imorredouro.
Sóis e luas se revezam, num misterioso palco que se acende e se apaga, em dias e noites… crepúsculos prenunciam entardeceres e alvoreceres, num providencial ciclo de esperança, a traduzir eternidade…
Folhas caem e fertilizam o entorno, para uma sempre vindoura e promissora primavera…
As aves migram e procriam, os peixes vencem correntezas e desovam…
Aos que o fardo não suportam - seleção natural… são chamados a buscarem mais forças… mais tarde, pacientemente retornam...
As estações são pontuais e nos dizem que tudo tem o seu tempo certo, de se ir e de renascer…
Tais cenários e fenômenos ao Espírito se submetem e o servem, e o Espírito, assim, transcende, “numa boa”... e voa… voa… e quando se pensa que ele pereceu na emblemática e fronteiriça linha do horizonte da existência, na verdade, ele foi apenas dar um tempo...