A GRAÇA DO CAMINHAR
A GRAÇA DO CAMINHAR
Estava caminhando entre dois rios, quando me disseram ser lá a Caldéia. Achei engraçado, pois nunca sabia que havia nome para os lugares, pois já havia andado por todo o planeta, por ter aqui chegado no vento celeste, há mais de um milhão de luares, sob os quais eu vivi ou dormi embalado.
Nunca precisei escrever, pois falar me bastava. E quando encontrava alguém, bastava sorrir que sentia o afago. Foram longos ciclos de lua e sol, mas o que me encantava é que somente crescia o que me levava na busca constante por desbravar.
Então, vi que ali havia um aglomerado de gente, que só sabiam ser subservientes aos poucos que julgavam serem divinos ou reis. E eu percebi que eram essas pessoas ilustres apenas viajantes do tempo, que se beneficiavam por deterem mais conhecimento da vida pregressa, pois sabiam ouvir.
No entanto, o ritmo de convívio com os demais humanos que nunca andaram, tornava-os mesquinhos e pretensiosos também, achando que podiam viver do suor dos tolos, que só sabiam dizer amém. E vi muitos reinos e clãs sem destino, sofrendo os instintos distintos de alguém. E vi surgirem todos tiranos, no bojo dos anos e séculos desde que vivo. Pois estou aqui desde todo princípio, junto com o que imana bem antes do antes, de onde eu posso olhar o tabuleiro, e ver as jogadas bem antes dos lances, prevendo o alcance ou o desmazelo do que se constrói ou sucumbi aos romances.
E agora, depois das tabelas de dias, contados por quem nunca viu ou viveu, eu fico perplexo com toda agonia, daqueles que ainda não olham pra o céu. Pois tudo que há é registro de fótons, que ditam os passos de toda energia, a qual se espalha por todo o Cosmo, em uma criação que recria os dias. Sem nunca deixar que o menor pressinta o quanto faz parte do macro que há, do qual é a razão de tanta alegria, que cabe em Deus só para gargalhar.
E assim, nós voltamos por nunca ter ido, pois nada se vai por que só existe um lugar, de onde eu olho com um olho que esquece, senão não há graça em tanto lutar.
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A GRAÇA DO CAMINHAR
Estava caminhando entre dois rios, quando me disseram ser lá a Caldéia. Achei engraçado, pois nunca sabia que havia nome para os lugares, pois já havia andado por todo o planeta, por ter aqui chegado no vento celeste, há mais de um milhão de luares, sob os quais eu vivi ou dormi embalado.
Nunca precisei escrever, pois falar me bastava. E quando encontrava alguém, bastava sorrir que sentia o afago. Foram longos ciclos de lua e sol, mas o que me encantava é que somente crescia o que me levava na busca constante por desbravar.
Então, vi que ali havia um aglomerado de gente, que só sabiam ser subservientes aos poucos que julgavam serem divinos ou reis. E eu percebi que eram essas pessoas ilustres apenas viajantes do tempo, que se beneficiavam por deterem mais conhecimento da vida pregressa, pois sabiam ouvir.
No entanto, o ritmo de convívio com os demais humanos que nunca andaram, tornava-os mesquinhos e pretensiosos também, achando que podiam viver do suor dos tolos, que só sabiam dizer amém. E vi muitos reinos e clãs sem destino, sofrendo os instintos distintos de alguém. E vi surgirem todos tiranos, no bojo dos anos e séculos desde que vivo. Pois estou aqui desde todo princípio, junto com o que imana bem antes do antes, de onde eu posso olhar o tabuleiro, e ver as jogadas bem antes dos lances, prevendo o alcance ou o desmazelo do que se constrói ou sucumbi aos romances.
E agora, depois das tabelas de dias, contados por quem nunca viu ou viveu, eu fico perplexo com toda agonia, daqueles que ainda não olham pra o céu. Pois tudo que há é registro de fótons, que ditam os passos de toda energia, a qual se espalha por todo o Cosmo, em uma criação que recria os dias. Sem nunca deixar que o menor pressinta o quanto faz parte do macro que há, do qual é a razão de tanta alegria, que cabe em Deus só para gargalhar.
E assim, nós voltamos por nunca ter ido, pois nada se vai por que só existe um lugar, de onde eu olho com um olho que esquece, senão não há graça em tanto lutar.
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