Resenha

O dia vem chegando vagaroso e sorrateiro. Apaga-se uma lâmpada aqui; outra acolá e mais outra lá; e a iluminação do quarteirão vai ficando alaranjado, fundido pela claridade do dia. É como se a madrugada apagasse, juntamente com ela a iluminação artificial e ambas, dando lugar ao que é natural. Ainda é bastante cedo para o sol despertar, mas certamente ele se fará presente.

Ao longe, os sabiá piam, enchendo os baixios de musicalidade. Um avião risca o céu com um jato de fumaça branca. Papagaios enfileirados deslocam-se. Saem cedo para aproveitar a fresca da aurora. Madrugar lhes confere menor dispêndio de energia. Uma parada rápida sobre as antenas espinhas de peixe. Com a linguagem que lhes é peculiar, falam qualquer coisa. Abrem as asas. Mantém altura. Prosseguem viagem. Vão se distanciando de onde dormiram. Por mais uma noite, escaparam dos predadores. Regressar ao galho / lar, somente no arrebol crepuscular vespertino; mas antes e com todos reunidos, farão a celebração resenhada do dia.

- Louvado seja quem nos deu asas para voar e os horizontes para serem explorados. Frutos, alimento e água é consequência da alegria de voar o espaço.

Para os dignos e honestos, a sobrevivência diária representa uma batalha; e Eles encaram-a com bravura, perseverança e coragem.

Deus todo Poderoso,

Mutável Gambiarreiro
Enviado por Mutável Gambiarreiro em 09/11/2020
Reeditado em 09/11/2020
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