Epístola ao desamor
Não me inflijam no dia a dia o silêncio das emoções que me fazem ao olhar das multidões uma rebelde religiosa, pois cultuo a fé nas Estrelas. Por adágios tântricos sinuosos sou licor da paixão em nudez e me embriago ao sonho da Paz como zéfiro ruidoso ou sádico cortês.
 
Ainda assim...
 
Vislumbro obscuros pensamentos pelos antros perfumosos da noite e ao lusco-fusco do amanhecer reconheço eretismos infiéis. No ranço preconceituoso da mentira há discípulos fáceis e maledicentes presos no porão reservado aos frustrados que se adestram a partir de contextos imbecilizados. Ignoram que a solitude é opção conscienciosa e livre dos espíritos pacíficos, replenos de Amor e Poesia.
 
Sendo assim...
 
Ainda que severamente vigiada em minha clausura pela inquisição contemporânea, não me permito ser queimada viva como herege do século XXI!
Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz
Rio de Janeiro, 3 de novembro de 2020 – 22h20
Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz
Enviado por Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz em 03/11/2020
Reeditado em 05/11/2020
Código do texto: T7103486
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