Já ouvimos guinchos.

Ratos ladrões

prometem largar

o seu queijo.

Roedores também

sabem ruminar

seus desejos.

Ratos ladrões

já sobem

dos porões

já chovem

dos sótãos

abandonam

suas mansões.

Nas favelas

até nos beijam.

Ratos ladrões

prometem largar

o seu queijo.

Ruminam velhas novas

a novos ouvintes

e desatentos desvalidos.

Invadem os lixões

reluzentes radiativos,

parafinas a disfarçar

a grossura das provas.

Crimes com requintes

de delatores constrangidos.

Armadilhas reversas,

urnas nos prendem

enquanto ratos ladrões,

suas famílias perversas

e turmas diversas seguem

nos “doando” seus restos.