O INQUILINO DAS RUAS
Pobre ser que não tem lar...
Vive ao léu, nem sempre come.
Dias frios não se agasalha,
Não tem lã no seu casaco...
Alguns, nem casaco dispõem,
Só farrapos, e alguns gravetos...
Podem servir para a fogueira.
Se chover, não tem abrigo...
Nem tampouco, um guarda-chuva,
Que ajude a não molhar-se.
Corpo fraco, e sem sustento
Sem calor, vive ao relento
Um abrigo... um grande sonho!
Sem comida, escolhe a droga
Sem coberta, um frio medonho...
Chega a ceifadora e lhe abraça
Encontrando ele por fim seu abrigo
Com sete palmos do seu termo.