IMPREVISÍVEL

Ao descer, o ventre aberto do impossível

rolaram os dados

pelo esperançoso verde

do leito de veludo.

Como a sorrir possibilidades.

Todos os desejos que a alma sente

ficam atentos nesse instante.

Ao parar o giro da sorte,

a alegria em meu semblante

se esvanece dolorosamente...

Foge, foge de mim,

foge da minha perplexidade.

Sei onde se perde menos!

Façam fila! jogo franco,

a sorte a gente é quem faz.

Ameaças, promissórias, desacato.

Censuras por minha falta de tato,

se tudo corre bem, ainda assim

existe o hábito ruim,

de amaldiçoar a sorte.

T@CITO/XANADU

Paulo Tácito
Enviado por Paulo Tácito em 30/07/2020
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