POEMA “O TRAPÉZIO”
POEMA “O TRAPÉZIO
Lançando-se no ar ao ‘brua’ da multidão
No sepulcro silêncio entre ele e a solidão
faz do salto a coragem no alto do varal:
moço em corda estreita puro acto final.
São quatro, no trapézio de sua afeição;
a confiança é a base, de irmão pra irmão;
(se assim não fosse o erro seria fatal
é, pois, a consanguinidade o risco mais real).
Distintas à luz ténue da circense tenda
quatro lenços vêm buscar os irmãos
ao chão, e daí ao alto, que nada desvenda.
Após o show os aplausos irromperam no ar.
Corajosos e humildes descendo dão as mãos
é tudo o que necessitam para os encorajar.
Jorge Humberto
(25/07/2020)
Santa-Iria-da-Azóia