RECORDOS

Houve tempo para poesia,

hoje o tempo perdeu-se

no tempo, e nas sombras.

O sonho foi esquecido...

Vento prenhe de maresia

lembrança, apenas um fio urdido

num imenso tecido.

Quando a recordação vier

saibamos recebê-la,

planto e engendro meu caminho.

Transformo meu sonhar,

em sonho sonhado e tecido.

Como a uva foi o sonho

do que veio a ser o vinho.

Engendro meu caminho,

como sempre deve ser.

Nos momentos de sonhar,

o sonho plantado só vinga,

nas mãos de quem

o fizer ação.

No sonhar, a luz é guia

para a fotografia do dia.

É dos flashes de sonhos

que se cria a utopia.

Do meu sonhar depende a ponte

por onde vou atravessar.

T@CITO/XANADU

Paulo Tácito
Enviado por Paulo Tácito em 10/07/2020
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