LUZ ACESA
O coração faz que dorme
O escuro sabe segredos.
O néctar amargo dos medos
Nutriz das horas solitárias
tece o enredo
Para a noite prima-dona.
É o tempo, rota de vôos
Para viajar a tristeza.
Onde vai o escuro do instante?
A alvorada descerra nas
águas do dia.
Os patuás da mandinga...
E ser nada.
Quando percorro meus porões
Ainda encontro a dor,
Acordada no breu,
Petrificada.
A boca da noite
Sussurra insônia sem fim
Para que luz, se durmo
de olhos fechados?
Eu até me esforço,
Mas,
Por mais que eu abra os olhos
E brilhe a luz,
Anoitece.
(Deixa pois, a luz acesa!)
T@CITO/XANADU