O CANTO DO SILÊNCIO

Os fantasmas das sombras

Almejam apagar os meus passos

Gravados na encruzilhada do caminho.

Não contentes em ficar

Hirtos, ouvindo a claridade

Estridente da manhã

Desvirginam horizontes infecundos.

Por tudo querem violentar a paz

Do descanso lânguido e silencioso

Do esquecimento.

Preferem sentir

O clamor das aves

que já infestam o céu

Coberto por espessas nuvens.

Da chuva caída dos olhos redivivos

Emergem a púrpura marinha

Anunciando o destino que toca violino.

T@CITO/XANADU

Paulo Tácito
Enviado por Paulo Tácito em 04/07/2020
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