O CANTO DO SILÊNCIO
Os fantasmas das sombras
Almejam apagar os meus passos
Gravados na encruzilhada do caminho.
Não contentes em ficar
Hirtos, ouvindo a claridade
Estridente da manhã
Desvirginam horizontes infecundos.
Por tudo querem violentar a paz
Do descanso lânguido e silencioso
Do esquecimento.
Preferem sentir
O clamor das aves
que já infestam o céu
Coberto por espessas nuvens.
Da chuva caída dos olhos redivivos
Emergem a púrpura marinha
Anunciando o destino que toca violino.
T@CITO/XANADU