VERDADE

Sopraste-me ao ouvido

No ardor da emoção

Vamos descobrir a verdade e o mistério

As tuas mãos, lâminas finas

A dilacerar-me os ombros

E os teus olhos, lava vulcânica

No meu peito

Repetiste por vezes as palavras

Desde então

Pirogravadas em meu corpo

O tempo parado em nossos olhos

Por séculos

A verdade deslizou nas areias da ampulheta

Cúmplice do silêncio

Entregues a decifrarmos o segredo

De nossa voraz esfinge

Consumiu-nos

Este indecifrável poema...

Tácito

Paulo Tácito
Enviado por Paulo Tácito em 24/06/2020
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