VERDADE
Sopraste-me ao ouvido
No ardor da emoção
Vamos descobrir a verdade e o mistério
As tuas mãos, lâminas finas
A dilacerar-me os ombros
E os teus olhos, lava vulcânica
No meu peito
Repetiste por vezes as palavras
Desde então
Pirogravadas em meu corpo
O tempo parado em nossos olhos
Por séculos
A verdade deslizou nas areias da ampulheta
Cúmplice do silêncio
Entregues a decifrarmos o segredo
De nossa voraz esfinge
Consumiu-nos
Este indecifrável poema...
Tácito