DESENCONTRO LUNAR
Hoje não viestes a minha janela!
Sei que te escondes por trás de suas anáguas de nuvens (langerie? Que seja).
Priva-me do direito de me embriagar com sua brisa gelada.
Sei de teus ciclos
Amor
Ódio
Vida...
...enfatiza quando estás de "lua".
Vasculhar o escuro para te procurar,
É certeza da dureza
De não te encontrar.
Sussurro sortilégios
Preparo caldeirões de poções
Me deparo uivando para ti,
Te desejando nua,
Querendo ser o Jorge, ou
Até mesmo o dragão
Só para pisar a sua imensidão.
Depois do desencontro
Aceito feliz a volta
Sem pergunta e sem resposta
Que safada! Aprontando no céu...
Desde que volte para mim,
Só um pouco. Só muito pouco
Voltaremos a nossa farrinha.
Quem sabe você possa,
Convidar algumas estrelinhas?
(Te vejo, através do meu teto espetado de luzes...)
Tácito