A L M A
Há em cada coisa, um canto, uma poesia,
Uma melodia bela.
E muitas vezes, o homem deixa de ser fera...
Para, aprecia, sorve-a e se enternece.
Porém quase sempre se esquece.
E vai sendo levado no torvelinho da vida.
Onde estão os ideais dos meus vinte anos?
Eu já não sou mais eu, nem mesmo na casca.
O preço da vida é a metamorfose,
Do corpo e da alma, do indivíduo e da raça.
Contudo, mesmo o cristal partido,
Continua cristal em sua essência
E não é menos puro.
E num canto profundo, escondido, escuro de nosso ser,
Há um desejo do belo, do eterno, do incorruptível...
Há uma saudade de DEUS !
T@CITO/XANADU