Encanta-me, o em Canto
É moda, estar fora de Moda
Isolar-se com a cara fechada, fugir da sociabilidade, estar fora das rodinhas e ajuntamentos de gente, bebericando umas biritas e assistindo o furebol, virou moda, fora da moda dos ditos sociáveis.
Em suas aulas no século passado, o desértico sertanejo dizia que "antes sozinho, que bem acompanhado".
Arisco feito lebre,
sabia ele, que gente não é confiável,
rima perfeita e na grota,
Trabalha e respira o verde,
Isolado.
Como o valor do dólar está nas alturas e com a moeda baixa, empregada doméstica esbaldava nos States, se o brasileiro não vai à China, os chineses enviam seus representantes ao Brasil. E a dupla Corona / Covid foi bem aceita na terra do carnaval, cerveja, churrasco, feriados e futebol.
Se bobear, mais tarde estará escrito na tabuleta de apostas: "Brasil chega à singela marca de 20 mil mortes".
No antiquário humano, tudo vira moda;
até ser anacrônico antiquado,
fora do cardume que desfile sua beleza, no aquário.
Porém, para os modernos,
Se for sertanejo,
Com seu pensar medieval,
Manda-lhe pedras,
Pedradas,
Toca-lhe pau.
O cotidiano é um eterno conflito,
Entre o belo e o feio,
Doença e saúde,
Potência e incapacidade,
Vida e morte,
De homens aflitos,
Em imenso e indissolúvel,
Naufrágio e vendaval.
Mas vai passar,
E outros virão,
Outono,
Inverno,
Primavera,
Verão.
Para os que sobreviverem, óbvio!
Asas ao Vento
Voou por Aqui... Esses Pássaros
Black Bird (Nightingales)
Os homens descobriram a pólvora, foram à lua, inventaram máquinas/homens e homens/máquinas, enfumaçou a atmosfera com foguetes, carros e aviões, guerrearam por imensos territórios e pequenos estreitos, conheceram o petróleo, investiram na globalização de pseudos sentimentos, prenderam-se aos esquemas e elos de correntes políticas, criaram tecnologias avançadas para comunicação instantânea, contudo, não sabem para quê serve um par de asas; por isto, sonham. Iludem-se. Enganam-se. Morrem-se.
Eu não sonho: voo livremente.
Eu não iludo-me: vivo à liberdade.
Eu não engano-me: canto em qualquer Recanto.
Os homens e sua evolução jamais saberão o que é acompanhar o vento e nunca, nunca ser pego pelo Corona!
Sobretudo, porque Vida de pássaro é outra realidade; ademais, no espaço não há mentiras, ou feique nius, como é o neologismo criado por eles no terreno batido da solo, ou na zona de conforto da Terra. Nas alturas, degusta da imprevisível liberdade.
Obrigado pela antena, sobre a qual empoleirei minhas perninhas e dormi acabrunhado, com a cabeça, crista, bico e tudo dentro da asa, essa noite; e com sua permissão, vou correr o mundo. O belo horizonte é logo ali; e longe é um lugar que não existe.
Espero um dia, quem sabe, voltarmos trocar figurinhas: Eu batendo asas freneticamente e o nobre homem, com os olhos zaroios na tela e os dedos batendo teclas em frente ao seu algoz.
Adeus, em português,
Au revoir, Pierre,
Adios querida,
Goodbye my friend;
Fui, em tupiniquim!