NAVEGANTE
Pensei um poema
onde camas
fossem barcos,
e ventania fossem sopros,
ventos de espinhos.
Nuvens foliam
e chuvas cairiam
sem alma.
Lençois eram velas,
sopradas para longe.
Navegando em olhos abertos...
Fico doente dos olhos
de tanto pensar,
de tanto te olhar
triste portanto.
Meus olhos no entanto
te buscam e se perdem.
Nem ao menos sabe te inventar,
se perdem no encanto.
Te quero aqui,
diante de mim.
Não uma miragem
vinda do mar.
T@CITO/XANADU