NAVEGANTE

Pensei um poema

onde camas

fossem barcos,

e ventania fossem sopros,

ventos de espinhos.

Nuvens foliam

e chuvas cairiam

sem alma.

Lençois eram velas,

sopradas para longe.

Navegando em olhos abertos...

Fico doente dos olhos

de tanto pensar,

de tanto te olhar

triste portanto.

Meus olhos no entanto

te buscam e se perdem.

Nem ao menos sabe te inventar,

se perdem no encanto.

Te quero aqui,

diante de mim.

Não uma miragem

vinda do mar.

T@CITO/XANADU

Paulo Tácito
Enviado por Paulo Tácito em 11/05/2020
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