NADA RESTA
Não me incomodo
se há tábuas podres
em nossa casa
ela era morada sagrada
era feita de amor.
Há um morador
em cada um de nós;
Morando,
ouvindo,
falando,
pecando
naturalmente...
...Entrando
e saindo livre,
pela mesma porta
onde passa
a (in)felicidade.
E por ela passa
os dias
os sonhos
deixam as marcas
daquele tempo.
Não me incomodo
se há vidros quebrados.
Escondem os cupins,
cogumelos e ervas daninhas.
No jardim não há caminhos
nem flores, só espinhos...
O tempo passou
o sonho embolorou
naturalmente...
Também a casa
onde a felicidade morou.
" O tempo gasta e confere!"
T@CITO/XANADU