NADA RESTA

Não me incomodo

se há tábuas podres

em nossa casa

ela era morada sagrada

era feita de amor.

Há um morador

em cada um de nós;

Morando,

ouvindo,

falando,

pecando

naturalmente...

...Entrando

e saindo livre,

pela mesma porta

onde passa

a (in)felicidade.

E por ela passa

os dias

os sonhos

deixam as marcas

daquele tempo.

Não me incomodo

se há vidros quebrados.

Escondem os cupins,

cogumelos e ervas daninhas.

No jardim não há caminhos

nem flores, só espinhos...

O tempo passou

o sonho embolorou

naturalmente...

Também a casa

onde a felicidade morou.

" O tempo gasta e confere!"

T@CITO/XANADU

Paulo Tácito
Enviado por Paulo Tácito em 11/05/2020
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