SINCERAMENTE ?

Carta de amor nunca escrevi,

nunca disse amar alguém.

Se algum verso já fiz

foi para o amor,

não foi para ninguém.

Não quis, pelo amor a alma ferida,

inspirei-me em outro sentimento

pois, desventura já era pressentida.

Não quero para mim,

esse infeliz tormento.

Ouço o que diz meu coração,

só meu peito conhece esta emoção,

de sufocar o amargo pranto.

Não consigo fingir espanto,

vou para longe, buscar a solidão.

Gravo pois, num verso impuro,

pensamento que penso nobre.

Embora sofra nesse mundo estreito,

caminho sem vida, caminho pobre

mas o coração...Blindado no peito.

T@CITO/XANADU

Paulo Tácito
Enviado por Paulo Tácito em 06/05/2020
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