PERANTE ABISMOS E RAIOS FLORESCE UM ARCO ÍRIS; E O SERTÃO CONSELHEIRO AQUI VINGARÁ !!!
PERANTE ABISMOS E RAIOS FLORESCE UM ARCO ÍRIS; E O SERTÃO CONSELHEIRO AQUI VINGARÁ !!!
O frio no sertão é produto da amplitude,
Mas mantém a atitude de caboclos frente ao Sol,
Pois o mar sem uma rede ou anzol,
Até o cuscuz com bacalhau não nos deixam comer.
Mas se o frio larguei nas duras lidas à noite,
Ou na sofrida jornada de um mortal Titanic,
Na Zona da Mata terei meu alambique,
Pra cana caiana arder-me em açoites.
Se um cacto não me mostrar a fonte bendita,
Não terei magoa de quem já se foi,
Levando minha vaca e até o meu boi,
Não vivendo à espera da boa invernada.
Mas os chicotes de um corisco,
Logo se espalham mostrando o Sol,
Nas sete cores que brilham sobre o aguaceiro,
Amansando espinhos e o caracol,
Que adentram no chão, como um lápis sem risco.
E o vento sacode as águas e as secas palhas,
Disfarçando a chibata que garante a donzela,
Que era doce e bela, mas não fazia nada,
Sugando o suor dos negros Benguela.
E o mandacaru aponta suas hastes pro céu,
Vendo o Pelourinho melado de sangue sofrido,
Foram vidas ceifadas em senzalas à noite, aos gritos,
Por açoites dos lombos de escravos a granel.
Mas os raios de outrora hoje têm serventia,
Pois clareiam a baía que não tinha um farol,
Já é hora de fechar o abismo e o paiol,
Pois sem guerra e escravos, nós teremos o Céu.
Se Conselheiro soubesse o temor que causou,
Nos senhores dos pobres, sem amor pelo povo,
Faria de Canudos um brado corajoso,
Pra livrar o sertanejo e viver só de paz.
Se o destino aceitar uma coragem heroína,
Já bem sei qual a sina que irei festejar,
Onde o forte sou eu que garanto meus sonhos,
Pois eu verso o futuro, com empenho tamanho,
Sou de Alencar e Zumbi, melhor cepa que há!
Publicada no Facebook wm 19/06/2019
PERANTE ABISMOS E RAIOS FLORESCE UM ARCO ÍRIS; E O SERTÃO CONSELHEIRO AQUI VINGARÁ !!!
O frio no sertão é produto da amplitude,
Mas mantém a atitude de caboclos frente ao Sol,
Pois o mar sem uma rede ou anzol,
Até o cuscuz com bacalhau não nos deixam comer.
Mas se o frio larguei nas duras lidas à noite,
Ou na sofrida jornada de um mortal Titanic,
Na Zona da Mata terei meu alambique,
Pra cana caiana arder-me em açoites.
Se um cacto não me mostrar a fonte bendita,
Não terei magoa de quem já se foi,
Levando minha vaca e até o meu boi,
Não vivendo à espera da boa invernada.
Mas os chicotes de um corisco,
Logo se espalham mostrando o Sol,
Nas sete cores que brilham sobre o aguaceiro,
Amansando espinhos e o caracol,
Que adentram no chão, como um lápis sem risco.
E o vento sacode as águas e as secas palhas,
Disfarçando a chibata que garante a donzela,
Que era doce e bela, mas não fazia nada,
Sugando o suor dos negros Benguela.
E o mandacaru aponta suas hastes pro céu,
Vendo o Pelourinho melado de sangue sofrido,
Foram vidas ceifadas em senzalas à noite, aos gritos,
Por açoites dos lombos de escravos a granel.
Mas os raios de outrora hoje têm serventia,
Pois clareiam a baía que não tinha um farol,
Já é hora de fechar o abismo e o paiol,
Pois sem guerra e escravos, nós teremos o Céu.
Se Conselheiro soubesse o temor que causou,
Nos senhores dos pobres, sem amor pelo povo,
Faria de Canudos um brado corajoso,
Pra livrar o sertanejo e viver só de paz.
Se o destino aceitar uma coragem heroína,
Já bem sei qual a sina que irei festejar,
Onde o forte sou eu que garanto meus sonhos,
Pois eu verso o futuro, com empenho tamanho,
Sou de Alencar e Zumbi, melhor cepa que há!
Publicada no Facebook wm 19/06/2019