REFLETINDO BELCHIOR E A VERVE FERINA DE QUEM VIVEU SEMPRE INCONFORMADO POR NÃO SER ÀS VEZES ENTENDIDO.
REFLETINDO BELCHIOR E A VERVE FERINA DE QUEM VIVEU SEMPRE INCONFORMADO POR NÃO SER ÀS VEZES ENTENDIDO.
As estradas são paralelas agrupadas, que podem ter um mesmo sentido, mas que podem ser contrárias, casando desejos e anseios, ou sendo contraponto e nuas, para fugires do que é teu. São sinuosas, para driblar os relevos e barreiras do caminho, mas quem quer andar sozinho, se entre subidas e descidas nos encontramos entre resvalos e batidas, como um drinque de tequila, rodas feitas de limão, que se misturam na areia dos açucares, para adoçar o calor que queima as entranhas vivas, não só do estômago, mas também as cavidades do coração?
É na perversidade da juventude, que inebria a todos, como o sangue quente a irrigar o átrios do coração, que buscamos saber tudo na ferida vida dos nossos pulsantes órgãos, que não vivem só de cor, mas também de oração, pois só entendem o que é cruel e o que é paixão, pois John já dizia que a felicidade é uma arma quente.
Passamos o tempo, num ritmo tão alucinante, marcado não mais pelo sol e pela lua, que já não sentimos e nem vemos todas as mudanças que estão a acontecer, às quais pensávamos serem tardias, mas breve as são, fazendo com que tenhamos de estar a todo tempo a declamar que a vida está sempre a nos violentar, amargando nossos dias, quando sentimos as noites frias, precisando de um conhaque para aquecer os nossos corpos e nossa verve ferina, como aves de rapina a rasgar suas caças entre garras e bicos afiados em veias que ardem, irmão!
Nós fomos feitos para se debater, digladiar, sempre desobedecendo o que a natureza nos dá, como elementos fundamentais para as mudanças perpetrar, sem reverenciar a nada que não venha como uma manada de bisões a pisotear, a fazer tremer a terra, onde enterra-se a lâmina que fere o ventre da serra, que guarda os rubis e diamantes, como as conchas do mar escondem as pérolas, de onde nascem deusas de amores, como no mistério das flores, que desabrocham entre verdes folhas, para se deixarem cheirar e alimentar as colmeias de abelhas tão sedentas, que polinizam novas plantas e fermentam o mel doce que virá!
Mas a vida é tão curta, que num instante são setenta, e já foram os hormônios, que brotavam dos neurônios de quem nasceu sob o flamejar de amor em gozo de um escorpiano, para findar na Fortaleza, que pisa na terra com a certeza de que nada é eterno enquanto dure, pois aqui estamos mais em busca de amar e tudo mudar, do que ficar a decantar teorias, já que o amor é uma coisa mais profunda do que encontros casuais.
E eu, que me achava bem moço, por não me ver no esboço de um espelho da vida, me vejo às vezes no meio de tanta tristeza, porque passamos o tempo nos apegando às coisas, nos descuidando da vida, acabando por nos debatermos com a perfídia da morte, que nos tira a sorte dessa dimensão, ou coisa parecida, e que nos arrasta bem mais moços do que achamos que deveríamos aqui ficar, para dar tempo de poder ver a vida, com alegrias ou tristezas, mas que deve ser vivida, mesmo que seja para ser a repetida vida já vivida pelos nossos pais, aos quais só percebemos quando a dor do tempo nos atinge como uma flecha, transpassando os corações, os quais unidos ou perdidos, sangram lágrimas de vida, que se esvaem nos grotões, do tudo que achamos aqui e ali, perdidos no desgaste do tempo, que se esconde e se mostra, como se depois deles não viessem mais ninguém, mesmo que tudo esteja a se recriar!
É por tudo isso que continuo a declamar, seja em versos e prosas, em discursos e percursos, sejam em longos ou em breves cursos, onde correm as águas dos mistérios, que exijam guardiões ou varinhas de condões para que saibamos decantar a essência que brota e exala da vida, e que flui entre as estrelas, na poeira cósmica que recria as nebulosas, mas que também ventam e chacoalham as velas, não de cêra, mas de lonas, como as velas do Mucuripe, que levam as nossas mágoas para as águas fundas do mar, ou nos faz eternizar nossos pensamentos nos lagos de calmaria, que se escondem no âmago das cavernas e rincões rochosos do que há de mais antigo, que a erosão dos ventos deixou aflorar para o nosso deleite além do mar, onde Oxum está a se banhar, junto a Yemanjá!
Publicada no Facebook em 16/11/2018
REFLETINDO BELCHIOR E A VERVE FERINA DE QUEM VIVEU SEMPRE INCONFORMADO POR NÃO SER ÀS VEZES ENTENDIDO.
As estradas são paralelas agrupadas, que podem ter um mesmo sentido, mas que podem ser contrárias, casando desejos e anseios, ou sendo contraponto e nuas, para fugires do que é teu. São sinuosas, para driblar os relevos e barreiras do caminho, mas quem quer andar sozinho, se entre subidas e descidas nos encontramos entre resvalos e batidas, como um drinque de tequila, rodas feitas de limão, que se misturam na areia dos açucares, para adoçar o calor que queima as entranhas vivas, não só do estômago, mas também as cavidades do coração?
É na perversidade da juventude, que inebria a todos, como o sangue quente a irrigar o átrios do coração, que buscamos saber tudo na ferida vida dos nossos pulsantes órgãos, que não vivem só de cor, mas também de oração, pois só entendem o que é cruel e o que é paixão, pois John já dizia que a felicidade é uma arma quente.
Passamos o tempo, num ritmo tão alucinante, marcado não mais pelo sol e pela lua, que já não sentimos e nem vemos todas as mudanças que estão a acontecer, às quais pensávamos serem tardias, mas breve as são, fazendo com que tenhamos de estar a todo tempo a declamar que a vida está sempre a nos violentar, amargando nossos dias, quando sentimos as noites frias, precisando de um conhaque para aquecer os nossos corpos e nossa verve ferina, como aves de rapina a rasgar suas caças entre garras e bicos afiados em veias que ardem, irmão!
Nós fomos feitos para se debater, digladiar, sempre desobedecendo o que a natureza nos dá, como elementos fundamentais para as mudanças perpetrar, sem reverenciar a nada que não venha como uma manada de bisões a pisotear, a fazer tremer a terra, onde enterra-se a lâmina que fere o ventre da serra, que guarda os rubis e diamantes, como as conchas do mar escondem as pérolas, de onde nascem deusas de amores, como no mistério das flores, que desabrocham entre verdes folhas, para se deixarem cheirar e alimentar as colmeias de abelhas tão sedentas, que polinizam novas plantas e fermentam o mel doce que virá!
Mas a vida é tão curta, que num instante são setenta, e já foram os hormônios, que brotavam dos neurônios de quem nasceu sob o flamejar de amor em gozo de um escorpiano, para findar na Fortaleza, que pisa na terra com a certeza de que nada é eterno enquanto dure, pois aqui estamos mais em busca de amar e tudo mudar, do que ficar a decantar teorias, já que o amor é uma coisa mais profunda do que encontros casuais.
E eu, que me achava bem moço, por não me ver no esboço de um espelho da vida, me vejo às vezes no meio de tanta tristeza, porque passamos o tempo nos apegando às coisas, nos descuidando da vida, acabando por nos debatermos com a perfídia da morte, que nos tira a sorte dessa dimensão, ou coisa parecida, e que nos arrasta bem mais moços do que achamos que deveríamos aqui ficar, para dar tempo de poder ver a vida, com alegrias ou tristezas, mas que deve ser vivida, mesmo que seja para ser a repetida vida já vivida pelos nossos pais, aos quais só percebemos quando a dor do tempo nos atinge como uma flecha, transpassando os corações, os quais unidos ou perdidos, sangram lágrimas de vida, que se esvaem nos grotões, do tudo que achamos aqui e ali, perdidos no desgaste do tempo, que se esconde e se mostra, como se depois deles não viessem mais ninguém, mesmo que tudo esteja a se recriar!
É por tudo isso que continuo a declamar, seja em versos e prosas, em discursos e percursos, sejam em longos ou em breves cursos, onde correm as águas dos mistérios, que exijam guardiões ou varinhas de condões para que saibamos decantar a essência que brota e exala da vida, e que flui entre as estrelas, na poeira cósmica que recria as nebulosas, mas que também ventam e chacoalham as velas, não de cêra, mas de lonas, como as velas do Mucuripe, que levam as nossas mágoas para as águas fundas do mar, ou nos faz eternizar nossos pensamentos nos lagos de calmaria, que se escondem no âmago das cavernas e rincões rochosos do que há de mais antigo, que a erosão dos ventos deixou aflorar para o nosso deleite além do mar, onde Oxum está a se banhar, junto a Yemanjá!
Publicada no Facebook em 16/11/2018