NUMA DISPUTA IBÉRICA, UMA LÍNGUA FOI MAIOR!
NUMA DISPUTA IBÉRICA, UMA LÍNGUA FOI MAIOR!
Na maioridade depois dos milênios da era moderna, a península ibérica, latina sem dúvida, se via na disputa de um couro em costura, redondo e inflado pros chutes ao gol.
Mas é um deleite que muitos só gostam pra ver, pois jogar com perícia, como entre os artistas, só poucos conseguem na vida vencer.
Ganhar com a pelota o coração da torcida, requer uma vida treinando com os pés, mas nem só eles salvam, pois tem a gingada de corpo que mata, e cabeça é faca que corta o trajeto, ou flecha que rasga a rede pós linha.
Assim, são os deuses dos anfiteatros modernos, que degladiam sem escudos, espadas ou lanças, mas tem nas chuteiras, joelhos, cabeças, ou canelas e tórax, maneiras de controlar aquele globo inflado. Seja pelo conjunto ou talento unitário, sempre fica um lado querendo algo mais.
Uns que acham que podiam fazer diferente, reclamam de sorte ou azar para os fatos, que desolam torcidas frenéticas aos montes, como nos coliseus de bem antes, na arena. Pois essas arenas de hoje são gramas, reais ou sintéticas, que pedem atletas, guerreiros de paz.
Não cabe mais os polegares marcarem pra cima ou pra baixo, pois o sangue agora é suor na camisa, separando as divisas do mundo em clubes, ligas que uniram os pés com as bolas, num início inglês que rompeu as barreiras.
E o futebol que confrontou a Ibéria, trás um fato engraçado, que na mistura de jogadores e pátrias, empatou-se em gols balançando as redes, mas sobrou um intruso no ninho, que pendeu a balança pra língua mais lusa, por cinco a um.
Afinal, Cristiano e Diego não deram arrego pra grande emoção, que seria a vitória e desejo de glória perante toda multidão. Mas mostraram ao mundo que muitas surpresas ainda virão, mesmo em campos gelados, de estepes com um rei disfarçado, de eleito mandato, Rasputin eu nem sei.
Mas a fúria dos homens se abranda, durante a ciranda da bola em jogo, como em Olímpia, na paz pelos jogos, uma trégua eu rogo, de paz para o povo. Pois a humanidade está coberta de lágrimas, de sangue e choro, por querermos demais sermos deuses do Olimpo, sem pensarmos no tempo, que leva pra sempre o que tudo nos dá, pois esse dar é apenas um empréstimo, que todos iremos um dia honrar.