A volta do canoeiro
            


Conservas canoa bem longe da margem ,e desce rio.
Estramente dúbio,que nenhuma canção trouxeste
para a hora das nuvens cobrindo céu.
Eram tantas coisas pra paixão,moça com vestido de chita;
E as madresilvas que plantaste às margens,canoeiro,rio levou!
Salve prece e de aguas profundas te enveste
quase te atiram em couro ,às mãos de pesqueiro;
Sob o rio, canoeiro,sangre as pedras,à mortalha nascente
em cada amanhecer de inverno e névoa;
Ascende pito de palha,um baixar olhos, em remadas escorregadias,
Inverno, é assim,os dias contém mais ventos ,mais agruras
mas serão afáveis às canoas, e tu,canoeiro,
dá um trago na cachaça ,mais fumo de palha,
outro rio dentro doutro rio ,tem mais amores e madresilvas;
Memórias de rios não nasceram pra carícias fáceis,canoeiro,
agora que passaste o remo nas mesmas falácias 
passa mais adiante e deus te guie,noutra margem de  juncos de rio.

 
MaisaSilva
Enviado por MaisaSilva em 29/03/2020
Reeditado em 30/03/2020
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