Equilíbrio

Hoje acordei triste, mas confesso estar cansado. Coisas ruins acontecem o tempo todo e precisamos aprender a lidar com isso. Somos bombardeados a todo momento por sentimentos duais. Como lidar com a felicidade e a tristeza, com a paz e a guerra, com o amor e o desamor, com a fúria e a calma, com Deus e o diabo?

É preciso ter equilíbrio e ele é fluido. Equilíbrio emocional, psíquico não se trata de meios termos, mas sim da nossa forma de encarar cada uma dessas sensações. Não devemos negar a tristeza porque ela ensina. Não podemos negar a felicidade porque com ela aprendemos. Não se pode negar nada porque tudo é fonte de aprendizado.

Mesmo que doa, que machuque, que sufoque, que nos cause ânsia. Devemos sentir cada uma das sensações da vida, dentro dos nossos limites e possibilidades. Não podemos ficar estagnados na busca incessante por um padrão perfeito de vida. Devemos olhar para o agora enquanto almejamos novas experiências, sensações, pensamentos e bem materiais. Devemos aproveitar o que nós temos sem esquecer os aprendizados do passado. Devemos buscar a felicidade nos detalhes do presente e percebermos que não há nada melhor do que aquilo que já temos.

Conquistar novas coisas é essencial, mas mais essencial ainda é valorizar o que nós temos porque depois que perdemos já é tarde demais e não adianta se lamentar. O crescimento pessoal se dá com as perdas e os aprendizados. Ninguém passa por essa vida ileso e em algum momento seremos dominados pela angústia, pelo desespero, pela agonia. Cabe a nós plantar os pés no chão com a cabeça no ininfito e dizer:eu posso controlar minhas reações a todos esses sentimentos que sinto.

O equilíbrio está na sabedoria que tiramos dessa vida tão complexa e das coisas que fazemos com tudo que aprendemos. Para se aprender a viver basta sorrir pro agora e abraçar tudo que já foi conquistado até aqui. A culpa e o arrependimento são necessários. Nos fazem humanos. Podemos aprender com eles e não repetirmos mais os mesmos erros. Podemos ser livres se soubermos nos livrar das amarras da estagnação. Podemos ser infinitos na nossa finitude.

Gabriel Cordeiro Machado
Enviado por Gabriel Cordeiro Machado em 11/03/2020
Reeditado em 11/03/2020
Código do texto: T6885527
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