Equilíbrio
Hoje acordei triste, mas confesso estar cansado. Coisas ruins acontecem o tempo todo e precisamos aprender a lidar com isso. Somos bombardeados a todo momento por sentimentos duais. Como lidar com a felicidade e a tristeza, com a paz e a guerra, com o amor e o desamor, com a fúria e a calma, com Deus e o diabo?
É preciso ter equilíbrio e ele é fluido. Equilíbrio emocional, psíquico não se trata de meios termos, mas sim da nossa forma de encarar cada uma dessas sensações. Não devemos negar a tristeza porque ela ensina. Não podemos negar a felicidade porque com ela aprendemos. Não se pode negar nada porque tudo é fonte de aprendizado.
Mesmo que doa, que machuque, que sufoque, que nos cause ânsia. Devemos sentir cada uma das sensações da vida, dentro dos nossos limites e possibilidades. Não podemos ficar estagnados na busca incessante por um padrão perfeito de vida. Devemos olhar para o agora enquanto almejamos novas experiências, sensações, pensamentos e bem materiais. Devemos aproveitar o que nós temos sem esquecer os aprendizados do passado. Devemos buscar a felicidade nos detalhes do presente e percebermos que não há nada melhor do que aquilo que já temos.
Conquistar novas coisas é essencial, mas mais essencial ainda é valorizar o que nós temos porque depois que perdemos já é tarde demais e não adianta se lamentar. O crescimento pessoal se dá com as perdas e os aprendizados. Ninguém passa por essa vida ileso e em algum momento seremos dominados pela angústia, pelo desespero, pela agonia. Cabe a nós plantar os pés no chão com a cabeça no ininfito e dizer:eu posso controlar minhas reações a todos esses sentimentos que sinto.
O equilíbrio está na sabedoria que tiramos dessa vida tão complexa e das coisas que fazemos com tudo que aprendemos. Para se aprender a viver basta sorrir pro agora e abraçar tudo que já foi conquistado até aqui. A culpa e o arrependimento são necessários. Nos fazem humanos. Podemos aprender com eles e não repetirmos mais os mesmos erros. Podemos ser livres se soubermos nos livrar das amarras da estagnação. Podemos ser infinitos na nossa finitude.