A Canoa


Uma quietude monástica naquele seu mormaço de janeiro;
Vinha mato abaixo,na bafagem do rio,e seus corredores e leito
Num ondular crepitante, e se via mulher do sítio bater roupas nas pedras,
Pastavam colibris e peixes apartados da vida e da descida do rio;
E a antiga casa sertaneja dava pra se ver ao longe erigida com seus
Intimos pertences e cablocos ao pé do fogão à lenha;
Ficava assim,monjolo batendo grão dentre o verde de ramagem,
E canoa descia vivenciando o mito desmontado e seu conteúdo de baús
E compartimentos de rio abaixo onde tudo se vivencia à margem,
E anoitecia,perdão e carícia se descia junto saudando pôr -do -sol,
E se espevitava de vez em vez pela candeia já acesa,
Desce canoa ,porque o vento apenas reconhece o talhe,amanhã recomeço!!


 
MaisaSilva
Enviado por MaisaSilva em 19/01/2020
Código do texto: T6845528
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