Se a saudade doer...
Quando eu me tornar apenas saudades tuas,
lembra-te que estou onde me sentenciaste,
cumpro na íntegra os teus implícitos desejos.
Ainda flutuo nas profundezas do teu abandono,
emergindo para respirar e sem motivos para
voltar.
Quando lembrares de mim e sentires-me distante,
sentirás a força do teu arremesso…
Tornaste-me um orbe cadente e sem a tua negligente
gravidade, alijaste-me de teus cuidados... perdi tua
órbita… encontrei o mar…
Hoje não sou mais do que um reles ser abissal,
talvez mais uma futura fabulosa lenda do reino de
Poseidon, que em mais um mistério personificará a,
às vezes doce, mas quase sempre salmoura saudade,
que de quando em vez emergirá, tão somente para
sobreviver no imaginário dos nostálgicos e ébrios
navegantes.
Agora, é a tua luz o farol para outras demandas,
por sinal, muito mais relevantes e passíveis de
aplausos do que os meus insignificantes clamores
e infrutíferos lamentos, só audíveis na solidão envolta
pelo breu do véu das infindas noites, nos abismos do
alto mar, de onde insistentemente nos teus sonhos
surgirei, talvez a entoar a canção que será, para o teu
coração, os frios gumes de uma reativa e afiadíssima
adaga.
Quando eu me tornar apenas saudades tuas,
lembra-te que estou onde me sentenciaste,
cumpro na íntegra os teus implícitos desejos.
Ainda flutuo nas profundezas do teu abandono,
emergindo para respirar e sem motivos para
voltar.
Quando lembrares de mim e sentires-me distante,
sentirás a força do teu arremesso…
Tornaste-me um orbe cadente e sem a tua negligente
gravidade, alijaste-me de teus cuidados... perdi tua
órbita… encontrei o mar…
Hoje não sou mais do que um reles ser abissal,
talvez mais uma futura fabulosa lenda do reino de
Poseidon, que em mais um mistério personificará a,
às vezes doce, mas quase sempre salmoura saudade,
que de quando em vez emergirá, tão somente para
sobreviver no imaginário dos nostálgicos e ébrios
navegantes.
Agora, é a tua luz o farol para outras demandas,
por sinal, muito mais relevantes e passíveis de
aplausos do que os meus insignificantes clamores
e infrutíferos lamentos, só audíveis na solidão envolta
pelo breu do véu das infindas noites, nos abismos do
alto mar, de onde insistentemente nos teus sonhos
surgirei, talvez a entoar a canção que será, para o teu
coração, os frios gumes de uma reativa e afiadíssima
adaga.