Confissão e castigo
Em vez de céu tão azul,
tão calmo e sereno,
dê-me o céu de tua boca,
num beijo que me permita, profundo, revolto e entre raios chegar ao teu inferno.
Ao clímax e ao fim
que me leve a outro início, um lambuzar sem desperdiçar em gritos e gemidos que nos coloquem em hospício
por essa loucura que nos permite eternos.
Um castigo pelo desejo, tormento desse momento por te possuir, em que me dominas e fazes questão de perder as chaves dessas grades
que entrelaças as pernas.
Já não as tenho para fugir.