De preto

De preto

Vestiu-se

e a pele

que lhe veste

mostrou sua cor

diferente...

Preta também?

Tão bela quanto.

E talvez outro nome;

e talvez o ouro suma

no dourado sumo

escorrido de seu suor.

Tudo lhe é graça,

do pranto,

espanto!

sem qualquer farsa

na labuta,

sua luta...

Um doce

para os advinhos

de seus sonhos,

de seus desejos,

de seus voos...

doce do sabor

nesse tom de vinho

que ainda enverga

em tua preta pele;

em tua história

bruta flor

que és e brotas

Mulher!

Pedro Aldair.