Éramos cinco rostos sorridentes, que ostentavam uma história no coração, e que nem todas as pessoas que nos viam, sabiam ler.
Atravessamos a cidade, ao final do dia, claro, uma pequena cidade, com o coração sorrindo, tentando reproduzir com nossos olhos e bocas. Íamos conversando, felizes, cheios de histórias a construir, revelando desejos e sonhos, idealizando as tarefas a serem feitas de imediato. E carregávamos o balde. Nem nos preocupamos com os olhares que nos dirigiam, os que não entendiam, que carregávamos a realização do sonho.
Fomos a pé, andando, felizes, com nosso balde, vazio, até então vazio de algo material, mas cheio de novas alegrias. Fizemos nossa caminhada, conversando e sorrindo, pouco importava a caminhada a pé. (O carro ficou como pagamento do novo sonho, agora, realizado). Íamos conhecer o pedaço de chão adquirido, e lá estava a “garcinha” a primeira vaca. O motivo do balde. Era para colher o leite. A primeira ordenha. Tudo era sorriso. Tudo era tão bom!
Nesse tempo, o sonho de um pai, era o sonho da família toda.
Era um ninho.
Sonhamos juntos pela terra, pela vaquinha, e todos quiseram ir a pé, caminhando, conversando, rumo à colheita da alegria, a ordenha do sonho.
Eram tantos sorrisos bobos!!!!
Foram dias de quebrar morro de cupim, plantar árvores frutíferas, flores, providenciar água, cercas, e tudo ia formando a cena tal qual sonhada.
O carro fez falta, mas havia um ditado...”o carro faz falta, e não dá para ficar sem. Então, todo mundo faz um grande esforço para conquistá-lo novamente. Assim, o carro, sempre foi nossa moeda de troca na realização dos sonhos.
E na falta, voltávamos ao começo. O próximo carro, era sempre um fusquinha.
E vamos deixar claro, nunca foi novo. Mas, sempre foi o recomeço.
E sempre eram assim, todos os sonhos, todas as vitórias.
Um novo carro, sempre virava uma viagem, mesmo que fosse apenas uma volta na praça. Tudo tinha um grande significado.
Carregávamos no peito a alegria.
A cada nova conquista da nossa família!
Éramos cinco pessoas sorrindo felizes!
Somos uma família com muitas histórias a contar.
Histórias que fazem sorrir, chorar, rir, gargalhar, e são deliciosas de se lembrar.
Sempre fomos cinco, mas nunca andamos sós...
Fomos uma família numerosa, composta de um PAI, três filhos, mas de muitos amigos, do coração, que nos escolheram. Nos tornamos numerosos.
Hoje, em nossa família, somos em dez. Nada mudou, apenas não estamos sob o mesmo teto. Mas, ainda colhemos as alegrias, os sorrisos e dividimos as lágrimas.
Sinto saudades das voltinhas de carro, depois de olhar minuciosamente, o carro novo (nem era tão novo), dos sorrisos bobos com todas as novidades, de toda as breguices que fizemos, de forma tão natural, apenas por sermos felizes.
Saudades...
Saudades do tempo que a felicidade andava a pé,
E a alegria, carregava o balde da simplicidade.
Irani Martins
Atravessamos a cidade, ao final do dia, claro, uma pequena cidade, com o coração sorrindo, tentando reproduzir com nossos olhos e bocas. Íamos conversando, felizes, cheios de histórias a construir, revelando desejos e sonhos, idealizando as tarefas a serem feitas de imediato. E carregávamos o balde. Nem nos preocupamos com os olhares que nos dirigiam, os que não entendiam, que carregávamos a realização do sonho.
Fomos a pé, andando, felizes, com nosso balde, vazio, até então vazio de algo material, mas cheio de novas alegrias. Fizemos nossa caminhada, conversando e sorrindo, pouco importava a caminhada a pé. (O carro ficou como pagamento do novo sonho, agora, realizado). Íamos conhecer o pedaço de chão adquirido, e lá estava a “garcinha” a primeira vaca. O motivo do balde. Era para colher o leite. A primeira ordenha. Tudo era sorriso. Tudo era tão bom!
Nesse tempo, o sonho de um pai, era o sonho da família toda.
Era um ninho.
Sonhamos juntos pela terra, pela vaquinha, e todos quiseram ir a pé, caminhando, conversando, rumo à colheita da alegria, a ordenha do sonho.
Eram tantos sorrisos bobos!!!!
Foram dias de quebrar morro de cupim, plantar árvores frutíferas, flores, providenciar água, cercas, e tudo ia formando a cena tal qual sonhada.
O carro fez falta, mas havia um ditado...”o carro faz falta, e não dá para ficar sem. Então, todo mundo faz um grande esforço para conquistá-lo novamente. Assim, o carro, sempre foi nossa moeda de troca na realização dos sonhos.
E na falta, voltávamos ao começo. O próximo carro, era sempre um fusquinha.
E vamos deixar claro, nunca foi novo. Mas, sempre foi o recomeço.
E sempre eram assim, todos os sonhos, todas as vitórias.
Um novo carro, sempre virava uma viagem, mesmo que fosse apenas uma volta na praça. Tudo tinha um grande significado.
Carregávamos no peito a alegria.
A cada nova conquista da nossa família!
Éramos cinco pessoas sorrindo felizes!
Somos uma família com muitas histórias a contar.
Histórias que fazem sorrir, chorar, rir, gargalhar, e são deliciosas de se lembrar.
Sempre fomos cinco, mas nunca andamos sós...
Fomos uma família numerosa, composta de um PAI, três filhos, mas de muitos amigos, do coração, que nos escolheram. Nos tornamos numerosos.
Hoje, em nossa família, somos em dez. Nada mudou, apenas não estamos sob o mesmo teto. Mas, ainda colhemos as alegrias, os sorrisos e dividimos as lágrimas.
Sinto saudades das voltinhas de carro, depois de olhar minuciosamente, o carro novo (nem era tão novo), dos sorrisos bobos com todas as novidades, de toda as breguices que fizemos, de forma tão natural, apenas por sermos felizes.
Saudades...
Saudades do tempo que a felicidade andava a pé,
E a alegria, carregava o balde da simplicidade.
Irani Martins