Olhando seu voo.
Agora que a noite já
é muito clara
Agora que tua cabeça
nos separa
que nossos encontros,
são coisa rara
já te vejo como eras.
Eu, que sempre estive só,
devia saber e não ter dó
de mim, por ser mais um
ao teu redor
e que em um momento,
te afastarias, deveras.
Já não tenho a métrica
a buscar, nem uma fita
a te enlaçar,
nem pernas para andar
teus caminhos.
Então, continuas
assim a caminhar,
se às vezes lutas
e desnudas a ganhar,
se tuas mãos e pernas
andam a cansar,
teu coração se existe,
nunca irá repousar.
Voa, voa...
rapina passarinho!