Nem na vida nem na morte
Nem na vida...nem na morte
Quando chegar
Estarei com aquele blazer
Estarei pela primeira vez no centro
Não saberei na verdade, o anfitrião que nada sabe
O silêncio ao ser
Chorar vai ser permitido
Os inimigos aos risos
Dê-me um chá calmante de um odor delirante
Há uma cova a minha frente, a minha espera, aberta, bela
Voltarei de onde não deveria ter saído
a alimentar bactérias, me tornar uma delas, descansar , parar de sofrer, mesmo estrando no infernos, enquanto o blazer apodrece junto ao corpo raquítico, sem programa,
Sem nada de especial, nenhum amor verdadeiro
Pessoas falsas, com dó do coitado
Nesse dia se pudesse escolher estaria só como sempre
Escutando algo pela eternidade até parar
Não ser mais castigado nem na vida nem na morte
Ps: este texto tem mais de 15 anos, nos tempos dele, estava o vivendo de modo verdadeiro, magro raquítico sem amor. Hoje as coisas melhoraram, sempre virão dias melhores.