Solstício
Encantos!
Em cantos da mente,
Há criados-mudos,
Que guardam joias e segredos,
À chaves, aldrabas e cadeados.
A imaginação é paraíso sem limites geográficos definidos, jamais explorado por terceiros e só pode ser lida pelo pensamento do autor da imaginação; e a recíproca é verdadeira.
Equinocial:
Cronologicamente, didaticamente, antropofagicamente, funciona assim: as palavras que saem de minha boca, não são escritas; e se escritas, não são exercitadas. Portanto, igualmente em intensidade luminosa e resultado final, escrever é fácil demais.
Esplendor
As nuvens desprederam-se do céu,
Banharam os montes verdes com imensos colchões algodoados,
Para o sol espraiar os seu raios fulgurantes,
Sob as 7 cores do arco íris.
Após a chuva torrencial, o esplendor natural!
100 pé, sem cabeça:
Sim, claro. A centopeia escala a parede vagarosamente. E por ser calma, perseverante, dinâmica e atuante, é uma locomotiva que arrasta os vagões sem sair dos trilhos; tal qual essa prosa poética de escrita descontínua, que em certa época marca o equinócio e em outra, o solstício de um escritor desprendido.
O fim interminável:
Não obstante, é uma prosa amigável, sem amarras, solta, contemplativa, como deveria ser a vida. Mas, porém, todavia...; a vida resume nas reticências com pé e com cabeça de um leão feroz faminto, predador que em seu íntimo, trás cada leitor.