Amor (in)condicional
Ame sem medo, sem pudor, sem raiva, sem dor,
Sem rancor, sem condições, nem exigências, nem restrições.
Ame perdidamente.
Ame repetidamente.
Mas não ame caso seu coração vacile,
Ou não veja perfeita razão,
Porque o amor exige lógica,
Embora não haja lógica na emoção.
Não imponha o que pode machucar,
Porque o amor, por si só, já se dói.
Seja porque é humano,
Ou porque é etéreo...
Se machuca não pode ser amor,
Porque este não deve sofrer
Além do que já se fere a cada instante,
Além do que já chora a todo momento...
Ame mesmo que doa. Mas não faça doer.
E não faça sofrer, nem magoar, nem maldizer.
Porque é puro, é doce, é amigo, é meigo...
Então ame. Incondicionalmente.
Se o In é inapto, impuro, indecente,
Incerto, instável, inconstante,
Retire-o do seu vocabulário.
Porque o amor é perdoável. Mas não felino.
Porque o In é o meu não.
E o meu não é a minha negação.
Mas não negue o seu amor.
Jamais o deixe irracional.
Não o torne (in)condicional.