LIRISMO AO AMOR
LÍRISMO AO AMOR
Hoje e somente hoje, ao fazer cair meu corpo sobre o leito e no silêncio desta noite, não pensarei nesse teu corpo lindo.
Não pensarei nesse sorriso largo e no amor infindo.
Não pensarei nas curvas que a pródiga natureza te concedeu.
Eu me permitirei, que apenas em sonho, possa repousar em algum ponto dessas curvas, esquecendo-me nesse dado instante, que estarei entregue aos braços de Morfeu.
E poderei ver que a brancura do teu corpo é como o clarão da lua em noites frias e silenciosas, espalhando o prateado de seus raios fulgurantes.
Os teus olhos negros e cintilantes, me fazerem temerários da certeza desse amor.
Hoje e somente hoje dormirei sem o pavor da perda, sem inspirar o perfume que exalam teus cabelos.
Só por hoje... O amanhã quem sabe, tudo mudará e talvez o hoje, seja apenas lembranças de uma mente já cansada e esquecida.
Rio, 10 de setembro de 2007.
Feitosa dos Santos, A.