TROPEÇOS NA ESCURIDÃO...
Tropeçamos...
Ah, sim! Tropeçamos!
Onde?
Na ânsia louca
Da necessidade enebriada
Da vontade de ser,
tropeçamos...
Em que?
Em quem?
Muitas vezes não vemos...
Sequer percebemos,
Mas tropeçamos!
As vezes tropeçamos
Na nossa própria
Ignorância cega,
Que não nos deixa ver
A dor do próximo...
Outras vezes tropeçamos
Na nossa ignorante
Vontade
De estar certos.
Tropeçamos quando julgamos
Sem a empatia
Necessária às convivências...
Ah! Tropeçamos,
Quando fazemos escolhas
Entre pessoas e pessoas,
Num prévio julgamento
preconceituoso...
Quando achamos
Que nosso jeito de ser
É o mais certo,
O mais adequado,
O mais correto...
Tropeçamos!
Quando olhamos
A queda do outro
E aplaudimos, em silêncio,
No egoísmo disfarçado,
Escondido
Em nossas mentes,
Nessa hora, tropeçamos...
Tropeçamos sempre,
Quando nos achamos
Melhores que os outros,
E apontamos o dedo
Como que dizendo:
- Eu não sou assim!
- Comigo seria diferente!
- Eu sou o máximo!
Será?!!!
Será que fora da
Tua redoma protegida,
Vivendo as intempéries
Da vida,
Você seria igual é?
Na escuridão da ignorância
E dos julgamentos cegos,
tropeçamos na dor do próximo,
Ignorando e virando o rosto:
- Não é problema meu!
Então a ratoeira foi colocada na fazenda,
E ninguém mais, além dos ratos, se preocupou...
Foram os únicos que não morreram!
Que Brasil queremos?
Que vida queremos?
Que mundo queremos?
Busquemos...
Busquemos luz,
Conhecimento,
Discernimento,
Verdadeiras e justas interpretações!
Porque a ratoeira ameaça a todos!
Cada um pois, que faça a sua parte, ao menos...