O SOM DA CONCHA

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Quantas vezes juntos nós ouvimos
O som encantador do ondear do mar
Numa perolada concha 

Sem pensar em mais nada
Felizes sonhavamos acordados
O horizonte era nossa morada infinita

As espumas salgadas lambendo a areia
O Sol brilhante e o céu azul
Eram testemunhas do nosso amor

O arrepio na pele bronzeada
Nunca era de frio
E sim prenúncio de paixão

Quando nossos olhares se cruzavam
O mundo parava
Tudo o mais perdia  a importância

Nos beijos nossos suspiros se misturavam
Nossas almas eram uma só
Os corações pulsavam no mesmo tom

Então a magia acabou
Nem lembramos como isso aconteceu
Do paraíso ao inferno num lapso do tempo

A brisa virou ventania
A maré se enrolou de repente
A gente nem mais se reconhecia

O jardim perdeu as cores
A vida ficou sem viço sem graca
O Verão hoje é menos que mormaço

Sem saber como prosseguir sozinho
Volto à nossa praia dos sonhos 
Todos os dias bem cedo

Pego a concha escondida entre as pedras
Eu a encosto ao ouvido 
Mas, só ouço o som do meu prantear
Cristina Gaspar
Enviado por Cristina Gaspar em 05/02/2018
Reeditado em 05/02/2018
Código do texto: T6246199
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