Fechadura entortada.
A madrugada que surge em sua noite alheia a qualquer dor.
A chuva dentro do escuro quarto que janela afora nada molha.
A manta que aquece o corpo mas ignora a alma que segue endurecendo qualquer resquício de emoção.
O vazio que espera se transformar em gelo para com nada mais se indispor.
As palavras que tentam expulsar o dissabor de projeções ludibriadoras.
E a fechadura entortada que tantos anos levou para ser usada...
Restringe-se a obstruir a passagem de qualquer chave nova ou antiga disfarçada.