O pedalo inexperiente.
Quando se quer acreditar em quem simplesmente seja.
Na priorização de qualidade em detrimento à quantidade.
Sem aumentos, omissões ou projeções.
Sem as cobranças do incerto, pois o sincero compartilhamento de almas já deveria ser o compromisso pelo respeito alheio.
Quando se quer acreditar que as palavras e sentimentos proferidos realmente existam.
Independente de cicatrizes... mesmo que profundas.
Pois nada deveria impedir o riso fácil por coisa nenhuma.
Ou a crença que a leveza trazida pela sinceridade não foi ainda proscrita.
Quando se quer acreditar que a angústia descrita seja mero ato falho de uma mente hiperativa.
Ou de hormônios desregulados pelas novidades da época.
Nota-se que se permitir tem seus ganhos.
Mas o medo do joelho ralado aciona o freio antes da hora.
Desacelera, menina.
Mas não se esquece de continuar a pedalar.
Pode ser que tu caias e a dor nuble sua alegria.
Mas te lembras que os pés que tremem inseguros são os mesmos que te levam aos mais incríveis lugares.
Adormece tuas dúvidas e apenas deixe ser.