A parca razão: jazigo precoce.
Se for para teres razão, para que arrancar
uma flor e oferecê-la ao teu amor?
Se for para teres razão, para que dar ao
teu filho o que não tiveste?
Se for para teres razão, para que sonhar
com os finais felizes?
Se for para teres razão, para que escalar
uma montanha?
Se for para teres razão, para que ter e
seguir os teus desejos?
Se for para teres razão, para que largar o
teu berço?
Se for para teres razão, como embrenhar
e embriagar-se na felicidade?
Se for para teres razão, para que as
paixões, os carnavais?
Se for para teres razão, para que então
perdoar?
Se for para teres razão, para que acreditar
num Deus que não vês?
Se for só para teres razão, amado irmão,
nem acorde.