As vezes em que somos mais.
Quantas vezes estivemos cheios de poesia,
mas o mundo lhe parecia surdo?
Quantas vezes nos enchemos
de imensa alegria,
mas o mundo lhe parecia
morto?
A vida, às vezes, nos pede
para saltar no precipício
de apenas ser.
Afogar-se em águas remansas é aceitar o desafio de continuar a viver.
Enfim o mundo nos desafia
a esvaziar-nos da alegria
de viver, enquanto põe à balança,
o desequilíbrio da busca sem esperança.
Bravias correntezas em redemoinhos costumam assustar,
mas nada nos revigora tanto
quanto o esforço para resistir
e ir além das forças.