Quatro Paredes...

Desde que haja água em abundância para molhar as palavras, a brisa minuana para refrigerar os neurônios, uma peça teatral inspiradora e instigadora; e a lua e estrelas como juízes, para ouvir, analisar e dar o veredicto final, tudo pode e deve ser discutido. Com o sem plateia, tudo pode e deve ser ensaiado e meticulosamente, desenvolvido em vários atos até o amanhecer.

Porém, na falta dos astros celestes noturnos e carência da dialética, as palavras entram em desacordo, devido o radicalismo e o debate silencia. Aí, ainda que acompanhado pela mudez de quatro paredes abertas para um céu sorridente da obtusidade da madrugada, o que resta aos protagonistas da peça noturna é puxar as cortinas sobre os olhos e dormir. Dormir de olhos fechados e esperar que o dia seguinte seja claro e iluminado pelos raios de sol.

- Bom proveito aos sóbrios inebriados e pelo amor insano, embriagados.

Mutável Gambiarreiro
Enviado por Mutável Gambiarreiro em 30/09/2017
Reeditado em 30/09/2017
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