Delírio
Minha sina chega de manhã,
com os raios de sol acorda
meus delírios de febre tersã,
como um maio que se recorda
do verão mais quente.
Pele estrelada em manhas,
brilhando à minha porta,
minhas ilusões tamanhas.
Flores não se importam
com os narizes da gente.
Fome estranhada em sanha,
minha alma que te consome
e apanha em delírios anchos
e tocam teu corpo que some.
Fugidia fêmea a assanhar captura...
Deve mesmo ser por loucura,
mas se provocada por doença,
vício, desejo ou intenção.
Em qual dos casos há doçura?
Nada responde meu coração.