Minha loucura
Percebeu-se enfim
nesse último lugar
nem um tanto ruim,
nem fosse imaginar
que chegaria ali.
Percebeu então
Odores exclamados
superlativos cravos,
autômatos latos
em altos relatos
E relatou-se louca por mim.
Não fosse eu tão cego, ou surdo,
Veria, visse ou os dois.
Mas o que lhe restaria perder?
Já não havia o que falar,
ou fazer naquele último lugar
que não fosse se desnudar
e lamber-se em seu cio.
Talvez não a visse, nem ouvisse,
mas sentiria seus cheiros.
Ali também me exclamaria
Superlativamente,
e a penetraria como cravos,
suas narinas em profundidade
virtualmente insana.
Não há relatos de loucura
que a cegueira não possa ouvir,
ainda que a surdez finja não ver.
Ali, tudo seria automático.
Não como as máquinas,
mas como os instintos.
Como a loucura que se completa,
Ainda que nunca tenha se quebrado.