A tristeza, às vezes, chega anoitecendo o coração, tal qual a noite, obscurecendo a luz do dia.
Vem de mansinho, somando os minutos e quando faz a hora, a luz já se faz pálida.
E assim é cá dentro de mim.
A sombra chega, se esgueirando, empalidecendo meu sorriso, pintando o vermelho do meu coração com nuances escarlates, envolvendo com os seus braços de bruma.
A dor que dói não se explica, apenas dói solitária.
Não há o que contar, quando não há ouvidos para ouvir.
Ouvidos que ouvem a dor são surdos e cegos de amor.
Conseguem tatear a cor escarlate e o choro do coração sem ouvir ou olhar. Apenas sabe.
A noite adentrou ao dia, mas trouxe um adorno consigo para que não ficasse tão pálida. Deixou que sua lua deslumbrante desfilasse soberana.
Mas, não há sol, nem estrelas ou lua cheia, no céu do meu peito oprimido.
Há apenas esse coração teimoso, que se abriga no rescaldo da esperança, do amanhã que virá.
Irani Martins
Vem de mansinho, somando os minutos e quando faz a hora, a luz já se faz pálida.
E assim é cá dentro de mim.
A sombra chega, se esgueirando, empalidecendo meu sorriso, pintando o vermelho do meu coração com nuances escarlates, envolvendo com os seus braços de bruma.
A dor que dói não se explica, apenas dói solitária.
Não há o que contar, quando não há ouvidos para ouvir.
Ouvidos que ouvem a dor são surdos e cegos de amor.
Conseguem tatear a cor escarlate e o choro do coração sem ouvir ou olhar. Apenas sabe.
A noite adentrou ao dia, mas trouxe um adorno consigo para que não ficasse tão pálida. Deixou que sua lua deslumbrante desfilasse soberana.
Mas, não há sol, nem estrelas ou lua cheia, no céu do meu peito oprimido.
Há apenas esse coração teimoso, que se abriga no rescaldo da esperança, do amanhã que virá.
Irani Martins