O Banzeiro
(Samuel da Mata)
As vezes a gente não morre por pouco, mas o que morre em nós mutila-nos a alma pelo resto dos dias.
(Samuel da Mata)
As vezes a gente não morre por pouco, mas o que morre em nós mutila-nos a alma pelo resto dos dias.
Quando morre uma ilusão a gangrena é gasosa, ou se amputa logo ou a alma apodrece em vida.
A amputação é triste, mas quase sempre é a única alternativa de sobrevivência ao desencanto.
Já passei por mutilações que não as imaginaria nem mesmo em sonhos, mas nunca se sabe como podem ser reais os pesadelos.
A gente chega a sepultura só uma parte, a maior parte se dilacera no caminho. Entre um desencanto e outro a alma se definha até que morre ressequida em suas próprias mágoas.
Tem dias que o Sol para em Gibeon e a lua triste se estarrece no vale de Ajalon; por ver quão fúteis são os sonhos e quão terriveis são as pedras com que se fazem os muros de desencantos.
A batalha do desencanto termina, mas a vida nunca mais é a mesma. A penumbra da dor enche de tristeza a vida e os ossos secos inundam os vales da memória.
Os versos da tristeza só se declama por dentro e as lágrimas do desencanto se ressecam antes de brotar nos olhos.
Toda palavra é pouca para expressar o abortar dos sonhos e nas recâmeras do silêncio eles se petrificam.
O banzeiro da ganância não conhece limites, carrega e destrói em lama os ninhos de seus próprios filhos.
Quem edifica os prédios de enganos morre soterrado no desabar da sua estultice.
A amputação é triste, mas quase sempre é a única alternativa de sobrevivência ao desencanto.
Já passei por mutilações que não as imaginaria nem mesmo em sonhos, mas nunca se sabe como podem ser reais os pesadelos.
A gente chega a sepultura só uma parte, a maior parte se dilacera no caminho. Entre um desencanto e outro a alma se definha até que morre ressequida em suas próprias mágoas.
Tem dias que o Sol para em Gibeon e a lua triste se estarrece no vale de Ajalon; por ver quão fúteis são os sonhos e quão terriveis são as pedras com que se fazem os muros de desencantos.
A batalha do desencanto termina, mas a vida nunca mais é a mesma. A penumbra da dor enche de tristeza a vida e os ossos secos inundam os vales da memória.
Os versos da tristeza só se declama por dentro e as lágrimas do desencanto se ressecam antes de brotar nos olhos.
Toda palavra é pouca para expressar o abortar dos sonhos e nas recâmeras do silêncio eles se petrificam.
O banzeiro da ganância não conhece limites, carrega e destrói em lama os ninhos de seus próprios filhos.
Quem edifica os prédios de enganos morre soterrado no desabar da sua estultice.