Para cada poema, não poucas lágrimas ...
QUEM SOU EU
(Samuel da Mata)
Não sou o clamor da miséria,Sou alma além da matériaQue ao corpo em dor esvazia
Não sou o vento do Norte,Apenas alma que a sorteAbrasa em sol de meio-dia
Não sou pobreza nem fome,Apenas a dor de um homem
Que ousou amar algum dia
Não sou do ódio uma chamaSou só o poeta que clama
E de seu amor faz poesia
Não sou mentira ou verdade,Sou só lembrança e saudade
Que eternizam a nostalgia
Não sou do olhar a tristeza,Sou o contemplar da beleza
Que o teu olhar irradia
Não sou mais desesperança,Sou um sorriso de criança
E em teu regaço, a alegria